Mais um notícia preocupante e que deve nos fazer refletir aonde nós, enquanto pessoas que lutam contra a AIDS independente de seu estado, estamos falhando? E o que precisamos mudar com urgência?

A RBS Notícias, de Porto Alegre, fez uma reportagem sobre o alarmante aumento de registro de novos casos de HIV no Rio Grande do Sul. No estado, o aumento é o dobro da média nacional. Leia matéria, reproduzida pelo G1, na íntegra:

 

Enquanto a epidemia de Aids cai no mundo, no Brasil e, especialmente no Rio Grande do Sul, os números da doença aumentam. Nos últimos nove anos, a infecção pelo vírus HIV cresceu 21% no estado, quase o dobro da taxa nacional, que é de 11%, como mostra a reportagem do RBS Notícias (veja o vídeo). Os dados são da Organização das Nações Unidas (ONU).

O Brasil registra cerca de 20 novos casos por 100 mil habitantes. No Rio Grande do Sul, são 41 ocorrências. De 2005 a 2013, os novos números da doença subiram de 3.680 para 4.460 no estado. Hoje, mais de 70 mil gaúchos vivem com HIV.

“Eu levo uma vida normal. Tu vai tomar o remédio, vai fazer o tratamento, fazer os exames, tu vai estar bem. O que mata é o preconceito”, diz uma mulher, de 36 anos, que não quis se identificar por medo de ser discriminada. Ela e o filho, de 20 anos, são portadores do vírus.

Segundo especialistas, o alto índice no Rio Grande do Sul pode ser explicado pelo tipo de vírus que circula no estado. “É difícil dizer uma causa só para isso. O tipo de vírus do Rio Grande do Sul é um pouco diferente do resto do Brasil, é o vírus do subtipo C, que tem uma característica de demorar um pouquinho mais para se manifestar e ele infecta bastante mulheres também”, pondera o médico Cezar Pinheiro.

O maior acesso ao diagnóstico também está associado ao aumento de casos. A maioria dos postos de saúde possui o teste rápido. No Rio Grande do Sul, está disponível em 300 cidades. Ele pode ser feito de forma anônima e é gratuito. Em menos de 30 minutos, a pessoa recebe em mãos o resultado.

No entanto, o objetivo da Secretaria da Saúde é ampliar a cobertura para 100% dos municípios. O tratamento também ficou mais acessível. A aposentada Marilei da Silva Vieira descobriu a doença aos 54 anos. Mãe de três filhos e avó de oito netos, ela nunca escondeu que é portadora do vírus.

“Tudo que eu quero é viver e digo para essas pessoas que tem que procurem recurso, ajuda, tem remédio de graça para isso, não tem que esconder nada de ninguém. Quem ama aceita como tu és”, diz ela.

 

Fonte: G1/RS

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